domingo, julho 23, 2006

Dormir...dormir...brincar e caçar

Olá
Hoje, ao contrário do que é habitual, começo com uma citação:

O gato tem um sono pesado, mas caminha com leveza” – Fred Schwab.

Há três coisas que os gatos adoram fazer: brincar, caçar e dormir, dormir…
Entre umas boas sestas e umas reconfortantes sonecas os gatos perfazem um total de 16 a 18 horas diárias de sono. Que grandes dorminhocos!
A razão de tanto dormir não se sabe. Mas a verdade é que, para bem dormir, o gato é um verdadeiro mestre em procurar os cantinhos mais confortáveis.
O sono do gato, tal como o nosso, passa por períodos de sono leve e profundo. Durante esta última fase (sono REM – Rapid Eye Movement) os gatos, como os humanos, sonham. É nessa fase que eles frequentemente movem as patitas, agitam as orelhas e os bigodes e chegam mesmo a miar ou rosnar. No entanto o cérebro dos gatos, durante a fase REM, torna-se extraordinariamente activo e ao menor sinal de alarme o sistema nervoso do gato desperta os músculos de imediato.
As brincadeiras são uma necessidade para todos os gatos. Os gatos são mesmo dos mamíferos mais brincalhões. O gatinho pequeno brinca com tudo o que mexe: bolas pequenas, carrinhos de linhas, argolas de garrafas plásticas, bolas de papel, enfim, tudo o que possa empurrar e apanhar. O meu gato Rapazito adora brincar com argolas das garrafas, nozes e bolinhas saltitonas. Um dia, culpa minha, ficou um carrinho de linhas à mão de semear (ou melhor, à pata de semear…) e quando cheguei a casa, o carrinho estava vazio e as linhas “semeadas” desde o primeiro andar até ao rés-do-chão.
Mas também os gatos adultos gostam de brincar. Não é raro vermos gatos já velhinhos a brincar quase como quando eram bebés.
Ver um gato brincar é um verdadeiro espectáculo de alegria, força e elegância.
E é a brincar que o gato vai treinando e aperfeiçoando as técnicas da caça. Porque todos os gatos adoram caçar. É instintivo. E mesmo o gato doméstico adora fazê-lo. Quase só pelo prazer da caça, não para matar a fome como os gatos selvagens. E, à falta de melhor, o gato doméstico lá se vai entretendo a caçar umas moscas, um peixinho do aquário, a “namorar” o canário da gaiola…
É normal, também, o gato doméstico caçar e, para mostrar o seu amor a alguém da família, levar-lhe de presente a sua presa. O meu Giló tinha por hábito caçar murganhos (pequenos ratinhos do campo) e morcegos e levá-los para casa para mos oferecer. Por vezes ainda vivos, o que era um problema.
Quando brinco com o meu gato, sabe-se lá se não sou um passatempo para ele, mais do que ele para mim?” – Michel de Montaigne.

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No meu jardim tenho uma figueira e por baixo dela um canteiro com hortênsias e bergénias. Um recanto de frescura muito apetecido pelos pássaros. Há dias, da janela do meu quarto, avistei um melro novito que por ali saltitava num à vontade que me pareceu exagerado. Não me enganei. Quando daí a pouco desci e fui ao jardim, ainda me deu tempo para apreciar e até fotografar, o final do “banquete” da Cinzenta e de, pelo menos, dois dos filhotes. Caçada bem sucedida!
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O Giló preparando o ataque.
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Que divertido subir às árvores! Por vezes o difícil é descer…
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Brincar e...
dormir… dormir…

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Não posso terminar sem fazer referência a um e-mail que recebemos no passado dia 18 da Paula J. de Aveiro, que transcrevo em parte:
“…ando a fazer tudo para reaver os meus gatos…
Gatos desaparecidos em AVEIRO
O Gabiru, um gato branco, arraçado de Main Coon, de olhos azuis, felpudo, quase surdo, castrado, com mais de dois anos, desapareceu no último domingo de Maio. A Gatafunha, uma gatinha cinzenta, arraçada de Rusian Blue, de olhos verdes, com uma mancha creme na face, com mais de 1 ano, perdeu-se no final de Março.
Moravam na zona do Fórum, em Aveiro, mas podem ter sido levados para qualquer lado, pois eram muito mansos. Já desapareceram há tanto tempo…talvez…alguém tomou conta deles, pensando que estariam abandonados. Por favor, se os encontrarem ou se souberem quem os recolheu, telefonem para: 960020622 / 234420547
Fotos:
http://photos1.blogger.com/blogger/4059/2032/1600/foto5389.jpg
http://www.encontra-me.org/uploads/1735-1-g.jpg
Obrigada pela atenção prestada!”

Espero sinceramente que, se ainda não recebeu notícias dos seus bichanos, que as venha a receber em breve. Não é para lhe dar falsas esperanças, mas lembro-me de, há muitos anos já, um lindíssimo e enorme gato vermelho malhado, que havia em casa dos meus pais, ter fugido com um susto que apanhou com o motor de uma “vespa”. Andou desaparecido durante cerca de quatro a cinco meses. Na altura estávamos na casa da praia. Os meus pais fizeram até saber que gratificariam quem lhes encontrasse o gato. Pois, passado todo aquele tempo, ele voltou para casa, na Praia do Pedrógão. Apanharam-no, acho que com certa dificuldade, pois ele tinha tanto de mau como de bonito, e foram levá-lo a Leiria, a nossa casa (e receber a gratificação). Muito assustado, muito magro, mas vivo. Na altura teria, talvez, uns 8 anos e morreu com 20.
Boa sorte, Paula.

Até breve.

2 comentários:

a d´almeida nunes disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
a d´almeida nunes disse...

Se quiserem observar a minha classe como "radioamador" podem consultar http://blogdosradioamdores.blogspot.com entre outros.
Este que se gatafunha como Rapazito.