terça-feira, agosto 28, 2007

Sabedoria de Confúcio


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Confúcio, por Pukie - cópia de 1685

Olá

Perguntar-me-ão, talvez, os meus amigos, a razão de eu aqui estar hoje a falar de Confúcio. “Estará ela confundida?” – Interrogar-se-ão.
Não! Na realidade é no “Gatimanhos” que me sinto bem! É com o “Gatimanhos” que me identifico, mais do que com qualquer outro “sítio” da Internet ou fora dela. Falando de gatos ou rabiscando apenas alguma outra coisa. Afinal não serão gatimanhos apenas rabiscos?
Disse Confúcio: “Aonde fores vai com todo o teu coração”.
Ao “Gatimanhos” eu venho sempre com todo o meu coração, fale do que falar.
E hoje apetece-me falar de Confúcio. O grande pensador e pedagogo nascido na China há mais de 2.500 anos. Nasceu em 551 a.C. em Shantung e, depois de ter viajado vários anos por toda a China, morreu, também na sua terra natal em 479 a.C. No dia 28 de Agosto.
Embora de nome Chiu, era chamado de Kung Fu-tzu. Daí o nome de Confúcio pelo qual é conhecido. Grande músico (cantava e tocava alaúde e cítara) “foi sobretudo um génio no campo intelectual” (Max Eastman).
Ganhava a vida como mestre. Ensinou “literatura, ética, lealdade e fidelidade, piedade filial, respeito fraternal, rectidão, decência, paz; a prática da seriedade, veracidade, auto-domínio e responsabilidade”.
Sonhava com uma sociedade perfeita em que o homem superior não seria apenas bom em relação a si próprio, mas em função da sociedade em que vivia, ajudando os outros, com o seu altruísmo, a alcançar a perfeição.
Achava Confúcio que na sociedade ideal se deviam cumprir as “Cinco Relações Humanas”: “carinho entre pais e filhos, rectidão entre governantes e subordinados, separação de funções entre marido e mulher, ordem entre velhos e novos, e boa-fé entre os amigos…Só os virtuosos e inteligentes deveriam governar…Um bom governante devia considerar o país como uma família e os cidadãos como filhos; governar pelo exemplo moral, mais do que pela força…Nomear os homens capazes para os postos de responsabilidade, sem atender à sua origem ou estado social…” (in “Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube”).
À sua morte e em sua homenagem os discípulos de Confúcio dedicaram-se, durante três anos, a compilar todas as máximas e sentenças do seu mestre. E em boa hora o fizeram!
A simplicidade, a pureza, a elevação da arte de viver ensinada e praticada pelo mestre farão que o seu pensamento resplandeça perpetuamente”. (Max Eastman in “Grandes Vidas Grandes Obras” – Selecções de Reader´s Digest).
Pensemos, também nós, um pouco nalgumas das suas máximas:

Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti”.

Não julgues se não quiseres ser julgado”.

“O maior dos defeitos é ter defeitos e não procurar corrigi-los”.

“Não te suponhas tão grande que os outros te pareçam pequenos”.

“O caminho da verdade é largo e fácil de descobrir. O mal está em que os homens não o procuram”.

Um abraço e não se esqueçam: “Em matéria de linguagem o que importa é exprimir a ideia”.

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quinta-feira, agosto 09, 2007

Por quem os sinos dobram

Olá.
Voltei a lembrar-me de Hemingway e do seu “Por quem os sinos dobram”.
Desta vez não pelos felídeos em perigo, mas por mais um belo e inteligente animal que foi extinto: o golfinho-de-água-doce da China.
Que os gatos me perdoem, mas compreenderão a dor e revolta que sinto! Por isso nada me levarão a mal por tomar um pouco do espaço do nosso “gatimanhos” para uma última homenagem ao saudoso golfinho.
Ontem, dia 8/8/2007, foi comunicada ao Mundo a extinção do golfinho-de-água-doce da China. Espécie com cerca de 20 milhões de anos. O último golfinho vivo tinha sido avistado em 2002. Pouco depois morreu também o último destes animais em cativeiro. A sua extinção é obra do Homem!
Será bom lembrar as palavras do explorador e naturalista americano William Beebe: “quando o último indivíduo de uma raça de seres vivos já não respira, outro céu e outra terra têm que passar antes que outro igual possa existir de novo”.



Chorai

Chorai, oh homens, chorai
Chorai de dor e tristeza!
Chorai por um bem perdido
Um ser de amor e beleza.

Chorai, oh homens, chorai
Chorai de arrependimento!
Chorai pela nossa Terra
Em constante sofrimento.

Chorai, oh homens, chorai
Chorai a vossa ambição!
Chorai, que ela vos transporta
À própria destruição,

Chorai, oh homens, chorai
Chorai de saudades, já!
Golfinho branco da China
Não mais alguém vos verá!

Chorai, oh homens, chorai!...

8 de Agosto de 2007
Zaida

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sexta-feira, dezembro 22, 2006

FELIZ NATAL

Olá meus amigos
Nem imaginam o que me aconteceu!
Estava eu ontem, ao quentinho da lareira, com a Lili e o Rapazito, a pensar em vós todos e em como seria bonito poder desejar-vos um Feliz Natal, quando senti um arranhar na porta. Fui espreitar.

-Inspiração!!!
-Olá Avó! Posso entrar? Tenho-me lembrado imenso de ti, de todos os amigos felinos e de todos os nossos amigos humanos.
-Também eu, meu amigo! E que saudades!
-Só venho desejar um Feliz Natal. E pedir-te que entregues a todos os nossos amigos este presentinho: o maior beijo e o maior abraço do Mundo!
-Com certeza, meu querido Inspiração. Mas para o nosso cartão de Boas Festas ficar mais completo ajudas-me a encontrar uma história de Natal para contar aos nossos amigos?
-Apanhaste-me de surpresa, Avó! Bem… Há tanta coisa bonita acerca do Natal. Excluindo o tema GATOS, acho que é mesmo o assunto mais apreciado por todos os escritores. Estou a lembrar-me, por exemplo, da grande escritora Pearl Buck. Que contos lindos, de Natal, ela escreveu: “O Fantasma da Noite de Natal”, “A Noite Maravilhosa” e tantos outros. Ou de António Torrado e aquela história tão engraçada do peru de Natal que andou dentro de um cesto, em bolandas por quase todas as casas importantes da sua cidade, a pensar que estava chegado o seu fim…
Achei! José Mauro de Vasconcelos e uma enternecedora passagem de “O meu pé de laranja lima”. Espero que gostem da minha escolha. BOAS FESTAS.
“Entrei de furacão, com medo que ele já fosse fechar.
- O senhor tem ainda daquele cigarro caro?
Ele apanhou duas carteiras quando viu o dinheiro na palma da minha mão.
- Isto não é para você, é, Zezé?
Uma voz por trás falou:
- Que ideia! Um pequeno desse tamanho!
Sem se virar ele contestou.
- Porque você não conhece esse freguês. Esse danado é capaz de tudo.
- É para Papai.
Sentia uma felicidade enorme rolando as carteiras na palma da mão.
- Essa ou essa?
- Você é quem sabe.
- Passei o dia trabalhando pra comprar este presente de Natal para Papai.
- Verdade, Zezé? E o que ele te deu?
- Nada, coitado. Ele está ainda desempregado, o senhor sabe.
Ele ficou emocionado e ninguém falou no bar.
- Qual o senhor gostava mais se fosse o senhor?
- As duas são lindas. E qualquer pai gostaria de receber um presente desse jeito.
- O senhor me embrulha essa, por favor.
Ele embrulhou mas estava meio esquisito quando me deu o pacotinho. Parecia querer dizer uma coisa e não conseguia.
Dei o dinheiro e sorri.
- Obrigado, Zezé.
- Boas-festas para o senhor!...
Corri de novo até casa.
A noite tinha chegado também. Havia a luz acesa do lampião apenas na cozinha. Todos tinham saído, mas papai estava sentado na mesa olhando o vazio da parede. Apoiava o rosto na palma da mão e o cotovelo na mesa.
- Papai.
- O que é, meu filho?
Não havia rancor nenhum em sua voz.
- Onde você andou o dia todo?
Mostrei a caixa de engraxar.
Coloquei a caixa no chão e meti a mão no bolso tirando o pacotinho.
- Veja, Papai, comprei uma coisa linda para o senhor.
Ele sorriu compreendendo o quanto custara aquilo.
- O senhor gosta?
Ele abriu a carteira e cheirou o fumo, sorrindo, mas não conseguia dizer nada.
- Fume um , Papai.
Fui até ao fogão apanhar um fósforo. Risquei um e aproximei do cigarro em sua boca.
Me afastei para assistir a sua primeira tragada. E foi-me dando uma coisa. Joguei o fósforo apagado no chão. E senti que estava estourando. Rebentando todo por dentro. Rebentando aquela dor tão grande que passara o dia ameaçando.
Olhei Papai. O seu rosto barbado, os seus olhos.
Só pude falar.
- Papai… Papai…
E a voz foi sendo consumida pelas lágrimas e soluços.
Ele abriu os braços e estreitou-me ternamente.”

FELIZ NATAL

domingo, outubro 22, 2006

Chegámos ao fim…

Olá
Eu sou o “Inspiração”. ...........................

A minha imagem nasceu da inspiração do Guilherme Nunes de Moura. Um menino de 8 anos, muito simpático e muito amigo de gatos. Um miúdo bué de fixe!
Pois eu, nestes últimos meses, tenho tido um trabalhão que nem queiram saber! Fui contratado por “Ela” para fazermos um bloguezito, pensava eu que coisa pouca! Mas a verdade é que já lá vai uma carrada de tempo e com a cantiga do bloguezito e de um postezito por semana, eu quase nem tenho dormido! Irra, que “Ela” é exigente! É uma foto assim, outra foto assado… e agora mais uma a dormir, outra com um sorriso simpático…

E depois aquela mania que eu sou inspiração (realmente sou, mas de nome…) de poetas, escritores, pintores, eu sei lá o quê!!!... Que raiva!
Confesso que me vi obrigado a pedir uma ajudinha aos meus amigos “os gatos de Jellicle”. Eles que foram a grande inspiração do sublime T.S.Eliot para a sua obra “Old Possum’s Book of Practical Cats”. Não ma negaram, como era de esperar. E até me ofereceram uma foto que não resisto em vos mostrar!

Com a ajuda daqueles bons amigos fui dando conta do meu recado. E com maior ou menor boa vontade, lá fui segredando ao ouvido d’ ”Ela” mais um poeta, mais um pintor, um músico…
Mas o pior de tudo foi ajudá-la com o computador! Tarefa difícil! Cheguei a ter ganas de o atirar pela janela fora! Ou de a esgatanhar a “Ela”!...
Estou cansado. Muito cansado! Tão cansado que as minhas ideias já estão a ficar negras!
As d’ “Ela” também. Avisou-me que o contrato acabou!
Ups!
Vou finalmente dormir!
Gostei muito de estar convosco, mas agora volto à minha normal vida de GATO!
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Só um esclarecimento, antes de partir.
Já repararam que hoje temos fundo musical? É a canção “Memory” do musical “Cats” na voz maravilhosa de Barbra Streisand. (não será má ideia ir ao fundo da página e activar o mp3 - se é que querem ouvir a música...)
Adeus amigos.
Adeus também para ti “Avó Zaida”. Gostei de trabalhar contigo, acredita.
Até sempre.
Inspiração
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Depois deste desabafo do meu “Inspiração”, só me resta agradecer-lhe tudo quanto me ajudou. A ele e a todos os meus queridos gatos.
E também ao meu marido, o António (Dispersamente). Se não fosse a sua ajuda nunca teria conseguido fazer o que fiz.
E ao meu neto Guilherme que deu forma ao “Inspiração”.
E já agora, porque de direito, permitam-me que agradeça também aos livros (e seus autores) que fui consultando ao longo destes meses e que muito me ensinaram:
- “Grande Livro do Gato” – David Taylor
- “Queridos Gatinhos!” – Stuart e Linda MacFarlane
- “O Livro dos Gatos”- Barbel Gerber e Horst Bielfeld
- “Raças de Gatos” – Rolf Spangenberg
- “10 lições de vida para aprender com o seu gato”- Joanna Sandsmark
- “Gatos – conhecer e reconhecer” – Naumann & Gobel Verlagsgeseleschaft mbH.
- “Amados Gatos” – José Jorge Letria

Muito obrigada também a vós, queridos amigos, que me acompanharam nesta minha jornada por caminhos felinos…
Se não gostavam de gatos, espero que a partir de agora, os olhem de maneira diferente e que os saibam, pelo menos, respeitar. São dignos disso!
Se já gostavam, espero, que a partir de agora, passem a “adorá-los”…
Vou ter saudades vossas.
E agora vou retomar a leitura do livro “Kafka à beira-mar” de Haruki Murakami, que interrompi quando comecei o “Gatimanhos”.
Romance cheio de encanto e mistério, em que uma das suas personagens, o velho Nakata, depois de um estranho acidente, ficou com a não menos estranha faculdade de falar com os gatos.
Um abraço e até sempre.

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Zaida

domingo, outubro 15, 2006

Sabe o que é?...

Olá

Sabe o que é um gato?
Isso mesmo: um gato é um pequeno mamífero carnívoro da família dos felídeos.




Mas também pode ser um pedaço de metal que prende e liga loiça partida.

Sabe o que é uma gata?
Isso mesmo: uma gata é a fêmea do gato.
Mas também pode ser uma bebedeira.

Sabe o que é um gatão?
Isso mesmo: um gatão é um gato de grande tamanho.
Mas também pode ser um homem muito atraente.

Sabe o que é uma gatinha?
Isso mesmo: uma gatinha é uma gata pequenina.
Mas também pode ser uma moça graciosa, bonita.

Sabe o que é um gatinho?
Isso mesmo: um gatinho é um gato pequenino.
Mas um gatinho também é TERNURA.



Sabe o que é um cisne?
Isso mesmo: um cisne é uma ave aquática da família dos analídeos.
Mas um cisne também é BELEZA.



Sabe o que é um touro?
Isso mesmo: um touro é um macho bovino da chamada raça brava.
Mas um touro também é BRAVURA.



Sabe o que é uma gaivota?
Isso mesmo: uma gaivota é uma ave marinha da família dos larídeos.
Mas uma gaivota também é LIBERDADE.



E um gato, lembra-se?
Isso mesmo, claro que se lembra!
Mas um gato também é MISTÉRIO.



Até breve

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domingo, outubro 08, 2006

“CATS”

Olá
Estou encantada!
Estou maravilhada!
Estou FASCINADA!

Fui ver o musical “Cats”. Baseado na obra de T. S. EliotOld Possum’s Book of Practical Cats” (publicado em 5 de Outubro de 1939), este musical, o mais famoso do mundo, tem a assinatura do genial Andrew Lloyd Webber e conta a história da Gata Grizabella. Há mais de 20 anos que está em cena no West End (New London Theatre) e na Broadway e já foi visto por milhões de pessoas em todo o mundo.
Ver este musical foi mais um dos meus sonhos tornado realidade.
Que 29 GATOS fabulosos!


Ao longo dos séculos, os nossos gatos têm inspirado tantos e tantos compositores.
Scarlatti compôs uma “fuga” para gatos. Domenico Scarlatti nasceu em Nápoles em 1685 e de 1720 a 1725 esteve em Lisboa para ensinar música às infantas de Portugal. Em 1729 foi para Espanha a pedido de D. Maria Bárbara de Bragança, princesa de Portugal (filha de D. João V) e rainha de Espanha (casou com D. Fernando, príncipe das Astúrias mais tarde o rei D. Fernando VI). Scarlatti morreu em Madrid em 1757.
Rossini, compositor italiano, nascido em Pesaro em 1792, compôs um “dueto” para gatos.
E até Mozart escreveu um “cânone” para gatos.
E tantas outras composições, dos mais variados géneros musicais, têm como inspiração o gato.
Que oculto poder terão os nossos queridos gatos que tanto tem fascinado os grandes génios das artes?
Por certo porque ele é
UM SER ÚNICO. O gato é um enigma envolto em pêlo. Dono de si, independente e imprevisível, é todavia inquisitivo e sedutor. Nunca se considera possuído, mas sim um convidado em casa de bons amigos.” – In “O Grande Livro dos Gatos” – David Taylor.




Os gatos são ao mesmo tempo reservados, hipersensuais, frios, quentes, completamente elásticos e misteriosos.” – Gillian Lynne – directora associada e coreógrafa de “Cats”.

Até breve.

quarta-feira, outubro 04, 2006

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS

Olá

Que surpresa “verem-me” aqui hoje!
Realmente não é meu costume aparecer a meio da semana. Mas hoje é um dia especial: o Dia Internacional dos Animais. Não podia deixar passar esta data em branco. De maneira nenhuma!
Como já devem ter notado, gosto imenso de gatos. Mas o meu carinho e respeito vão, também, para todos os outros animais. Afinal, quando Deus criou a Terra, não a “ofereceu” só ao homem, mas a todas as criaturas vivas. A Terra e de todos nós, mas a Humanidade esquece-se disso amiudadamente. Lá vão tendo um “dia mundial” para, ao menos uma vez no ano, todos se lembrarem dos animais, ditos irracionais…
Escolheu-se o dia 4 de Outubro. Por acaso? Acho que não.
Quando se fala de S. Francisco de Assis de imediato se associa o seu nome e imagem aos animais. E S. Francisco de Assis morreu a 3 de Outubro. Mais propriamente, a 3 de Outubro de 1226. Então porquê o dia 4 de Outubro?
É que, ainda hoje, os peregrinos se dirigem ao Santuário de Porciúncula, à Capelinha de Santa Maria dos Anjos para, na noite de 3 de Outubro, celebrarem a morte de S. Francisco; e no dia 4 de Outubro há então a festa em que, na grandiosa Basílica de Assis (magnificamente decorada com frescos de Giotto, todos alusivos à vida de S Francisco, de Giovanni Cimabue e de Simone Martini) se celebra a glória do Santo.
São muitas as lendas que se contam acerca de S. Francisco de Assis e dos animais.
Uma das mais conhecidas é a do lobo e Gubbio. Os homens desta cidade andavam assustados com a existência de um lobo ferocíssimo que punha em perigo as vidas de pessoas e animais. S. Francisco resolveu ir ao bosque procurá-lo e falar-lhe. O lobo escutou-o, admiradíssimo pelo tratamento que o Santo lhe dava: “Irmão Lobo”. E logo fizeram um pacto de paz que se estendia a todos os habitantes de Gubbio. A partir de então o lobo passeava-se tranquilamente pelas ruas da cidade e comia o que todos lhe ofereciam.
Conta-se, também, que quando S. Francisco de Assis subiu ao Monte Alverne, para rezar, foram as aves que o receberam cantando à sua volta. E durante todo o tempo que o Santo esteve no Monte era um falcão que o acordava pela manhã.
E muito mais histórias se poderiam contar. Por certo todos vós sabem algumas. E sabem também, por certo, que S. Francisco de Assis nos deixou alguns belos escritos. Não resisto a transcrever parte de um salmo por ele composto, já nos últimos anos da sua vida: O “Cântico das Criaturas”.

“…
Louvado sejas Tu, ó meu Senhor,
por todas as tuas criaturas,
principalmente pelo senhor irmão Sol,
que dá luz ao dia, e por quem nos iluminas.
Ele é belo e brilhante com grande esplendor,
de Ti, Altíssimo, ele traz o sinal.

Louvado sejas Tu, ó meu Senhor,
pela irmã Lua e pelas Estrelas;
no céu as colocaste,
claras, preciosas e belas.

Louvado sejas Tu, ó meu Senhor,
pelo irmão Vento,
pelo Ar e pelas Nuvens e pelo Céu Sereno
e por todos o tempos,
pelos quais dás às tuas criaturas o apoio.

Louvado sejas Tu, ó meu Senhor,
pela irmã Água,
que é muito útil e humilde,
e preciosa e casta.

Louvado sejas Tu, ó meu Senhor,
pelo irmão Fogo,
pelo qual iluminas a noite,
que é belo e alegre, robusto e forte.

Louvado sejas Tu, ó meu Senhor,
pela nossa irmã Terra,
que nos sustenta e nos governa,
e produz muitos frutos
com a erva e as flores coloridas.
…”

Obrigada pela vossa paciência.
E, já agora, vamos todos respeitar os animais. A Terra também é deles.
Até breve.