domingo, julho 02, 2006

Anatomia do gato

Os gatos são mamíferos possuindo as características anatómicas comuns à grande maioria destes: o corpo coberto de pêlos e alimentando-se de leite materno quando pequenos. São, porém, dos mamíferos mais evoluídos que se conhecem. A conformação do corpo dos gatos é extremamente flexível e elástica. A sua coluna vertebral é unida por músculos e não por ligamentos, como na maior parte dos mamíferos. É formada por 7 vértebras cervicais, 13 vértebras dorsais, 7 vértebras lombares, o sacro e 18 a 26 vértebras coccígeas. É esta longa coluna vertebral, cheia de elasticidade, que permite ao gato saltar com tanta segurança e agilidade.
O gato não tem clavículas, mas sim uma pequena cartilagem clavicular. É este facto que lhe dá a capacidade de estender a sua passada e de penetrar por aberturas estreitas.
O gato adulto possui 30 dentes: 16 no maxilar superior e 14 no inferior. Os caninos ou presas (que são 2 em cada maxilar), em forma de punhais, servem para matar; com os molares, afiados como facas, rasgam as presas e desfazem-nas em pedaços.
O crânio dos gatos é também notável. Entre as suas estruturas ósseas bem desenvolvidas encontram-se grandes câmaras de ressonância auditiva que proporcionam ao gato um ouvido extremamente apurado. O gato reage a ultra-sons da ordem das 60 000 vibrações por segundo (nós, humanos, só somos capazes de captar sons de cerca de 20 000 vibrações p.s.). Mas é no seu ouvido interno que reside o seu sentido de equilíbrio que permite ao gato regular a queda.
O gato tem 5 dedos nas patas dianteiras. As patas traseiras, mais compridas que as dianteiras, têm só 4 dedos. Devido à disposição dos nervos e tendões, o gato pode estender ou encolher as garras à sua vontade. Em repouso, o gato encolhe as garras, que não tocam o chão, o que lhe dá aquele andar tão suave e silencioso.
Uma dessas noites a insónia levou-me à rua. Caminhava a sossegar o sono quando vi o gato. Andava com pés sábios, sem nunca ofender o chão. De passo fofo, o gato pisava a meia-noite.” – Mia Couto, in “Cronicando”.
Até breve.
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O Rapazito


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Como já vos contei, o nosso Rapazito, com a preciosa ajuda da Lili, recuperou rapidamente e fez-se um bonito gato.

Sei que os gatos adoram andar nos jardins. Porém não é meu hábito deixá-los sair. Só o faço quando posso estar a tomar conta. Temo sempre que se afastem e que lhes possa acontecer algo.
E foi isso mesmo que acabou por suceder.
Nunca mais esquecerei a data: dia 15 de Abril de 2oo6, sábado de aleluia. Estava uma manhã linda e achei por bem deixar o Rapazito e a Lili darem uma voltinha no jardim. Ela logo quis voltar para casa. Mas ele, mais atrevido, resolveu-se por uma escapadela até ao jardim de uns vizinhos, para uma habitual sessão de mimos. São pessoas que gostam e respeitam os animais e o Rapazito é sempre “recebido” com agrado. Mas o inesperado aconteceu. E o Rapazito desapareceu a nossa vista. Procurámos, chamei e voltei a chamar, e do meu gato, nada. A certa altura pareceu-me ouvir a voz dele, mas muito abafada. Continuei a procurar e a chamar. A voz pareceu-me mais perto e foi então que o vi num terreno bravio, perto de minha casa. Tinha um ar assustadíssimo. Continuei a chamar e a incentivá-lo para que viesse para casa. Subi, até, a um muro para que ele me visse e ouvisse melhor. Muito a medo, foi avançando. Quando chegou perto de mim, fiquei desesperada com o seu aspecto. Junto de uma coxa tinha um hematoma enorme, nitidamente provocado por um pontapé. E junto ao ânus estava cheio de sangue: tinha 3 espetadelas, provavelmente de forquilha. Esteve bastante mal, o meu Rapazito. Quase deixou de comer, caiu-lhe parte do pêlo, tudo o assustava. Mais uma vez o carinho e cuidados da Lili me ajudaram a recuperar o Rapazito. Felizmente já está bom, se bem que ainda um bocado assustadiço! Só lamento não saber quem cometeu tamanha crueldade, crime, direi mesmo.
Uma coisa é certa. Agora o Rapazito não vai ao jardim. Fica-se pela varanda, que é bastante espaçosa, e onde ele tem vários vasos com as suas ervas preferidas. Ali, sei eu, ninguém lhe fará mal.
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Menina Lili – A Rainha do Sabá

6 comentários:

Teresa Martinho Marques disse...

Lindos!!!!! O meu Jasmim é igual ao Rapazito... mas já o recolhi adulto. Aguardo as fotos da ninhada! Abraço.

Anónimo disse...

eu adoro gatos acho que essas imagens sao lindas se podesses por mais fotoa de gatos bébés

Unknown disse...

olha como esse gtinho ta tão fogadinho,nem a minha é assim só as vezes que ela vaise deitar na cama da minha mãe ouna minha mas eu adoooooooro gatos

Anónimo disse...

ola...
tambem adoro gatos! é uma das minhas grandes paixoes.
ha pouco tempo tambem perdi um gatinho, o Pipo. foi uma grande tristeza. no momento tenho outro gatinho, muito traquina, o Nico.
é muito triste ver que existem pessoas tao crueis neste mundo.

Anónimo disse...

Olá, também amo os gatos.

Estudo design e estou desenvolvendo comedouros e bebedouro para gatos e cachorros em cerâmica.
Estou procurando bibliografia sobre a anatomia desses animais, de como eles preferem se alimentar e beber água.
Se a Sra. tiver alguma informação...agradeço.
Atualmente convivo com 4 gatos no Brasil, em São Paulo.
Eliete
eliete.martin@ig.com.br

Douglas Prima disse...

Gostei muito de seu post sobre anatomia felina. Entretanto, resta-me uma severa dúvida: Quanto à formação, como são os rabos dos felinos? São compostos por ossos e podem ser considerados uma continuação da coluna coccígea? Ou seria um tipo de cartilagem? Obrigado pela atenção!

Douglas Prima